O ATLETISMO COMO MODALIDADE A SER EFETIVADA NAS ESCOLAS DESENVOLVENDO AS HABILIDADES MOTORAS FUNDAMENTAIS
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA
INSTITUTO DOM JOSÉ – IDJ
NÚCLEO - MARANGUAPE
FRANCISCO DIEGO DA SILVA OLIVEIRA¹
ADRIANO LOPES COELHO DE OLIVEIRA²
O ATLETISMO COMO MODALIDADE A SER EFETIVADA NAS ESCOLAS DESENVOLVENDO AS HABILIDADES MOTORAS FUNDAMENTAIS
MARANGUAPE-CE
MARÇO/2011
FRANCISCO DIEGO DA SILVA OLIVEIRA¹
ADRIANO LOPES COELHO DE OLIVEIRA
O ATLETISMO COMO MODALIDADE A SER EFETIVADA NAS ESCOLAS DESENVOLVENDO AS HABILIDADES MOTORAS FUNDAMENTAIS
Projeto de Pesquisa apresentado à
Universidade Estadual Vale do Acaraú, à Prof.ª Michelane Alves
como requisito para aprovação
na disciplina IESC – IV.
MARANGUAPE-CE
MARÇO/2011
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................04
2. REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................06
3. METODOLOGIA ............................................................................10
4. CONCLUSÃO ................................................................................12
5. CRONOGRAMA ............................................................................13
6. REFERÊNCIAS..............................................................................14
7. ANEXOS ........................................................................................16
1. INTRODUÇÃO
Pouco difundido no âmbito escolar, o atletismo é paradoxalmente considerado como um dos conteúdos clássicos da Educação Física. Contudo quando nos voltamos, para aulas propriamente ditas que ocorrem nos diferentes ciclos de ensino, nos deparamos com uma triste realidade" ou seja" esta modalidade esportiva não faz parte do dia-a-dia escolar, ainda que as crianças corram, saltem e explorem o tempo todo a gama básica de movimentos que compõe o atletismo em seu cotidiano escolar.
Os Centros de Convivência Social( Polos ABCs de Maracanaú) são espaços de socialização e aprendizado que tem o proposito de fomentar no cenário maracanauense uma nova, forma de ver, fazer e pensar a Assistência Social, que tem como objetivo de dialogar com os cidadãos maracanauenses e fazer da Assistência Social uma politica pública promotora da intersetuarialidade com as demais politicas (saúde, educação, cultura e etc..) O Centro de Convivência Social tem como referência a moradia e comunidade local com seus múltiplos sujeitos sociais e tem como públicos alvos a criança de sete anos e o adolescente de dezessete anos vindos de bairros tidos carentes onde a vulnerabilidade social esta presente diariamente na vidas dos alunos que frequentam e de seus familiares que mora afastadas dos Polos..
Dentro desse contexto podemos ressaltar essas crianças e adolescentes que são atendidos pelos Polos de Convivência, podemos destacar um deles situado no bairro Jereissati II, tido como um dos que atende crianças e adolescentes dos bairros críticos e vivem uma realidade diferente com a violência dita com um dos principais problemas enfrentados ,sabendo disso é que deseja a realização do mesmo que cujo a problemática em evidência a ser compreendida é a má alimentação dos alunos nas aulas de atletismo, diminui o desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais.
Por ser tido como um esporte, sem grandes investimentos( financeiros) ou seja pobre, justifica-se esse projeto como o esporte sem bem planejado, fundamentado, não um queima de etapas realizando suas atividades em suas determinadas faixas etárias e com recurso devidamente aplicados, pode transformar
a vida de muitas crianças e adolescentes que vivem na ociosidade dia-a-dia, e não conseguem ter um direcionamento continuo, nas atividades propostas o que leva a crer, que tanto o esporte com uma alimentação direcionada e adequada, são essenciais no decorrer dos anos e no desenvolvimento de suas habilidades motoras fundamentais exigidas.
O presente tem como objetivo, viabilizar recursos (material, tênis, espaço adequado, alimentação antes e depois das atividades.) e juntamente com objetivo geral são os objetivos específicos a modalidade como estrutura transformadora, tirar crianças e adolescentes da ociosidade, resgatar o ato de brincar e transformando em saúde, ter uma alimentação adequada, tirar crianças e adolescentes das ruas através do esporte, utilizar o esporte como ferramenta, alienando-a à cidadania e contribuir para o desenvolvimento motor e habilidades fundamentais necessárias .
2. REFERTENCIAL TEÓRICO
O Atletismo, palavra de origem grega (Aethlos = esforço) é uma atividade que se desenvolveu tendo por base o desenvolvimento e aproveitamento de certas capacidades específicas do Homem – o que unido ao espírito desportivo, se constituiu num conjunto de atividades lúdicas, praticadas desde épocas muito antigas nos momentos de ócio e por um grande número de culturas que interpretavam perfeitamente este tipo de práticas segundo a sua própria cosmovisão – celta, grega, culturas pré-colombianas, povos africanos, etc. Os relatos mais antigos deste tipo de práticas encontram-se no “Livro de Leinster” (1961), numa descrição dos “Jogos de Taiti” que remontam ao séc. XIX a.c. Em Creta este tipo de atividades foi alvo de particular atenção, constituindo mesmo um dos pólos mais importantes da vida social da época. O mesmo se verificou noutras sociedades: as várias modalidades atléticas constituíam uma área fundamental da educação do indivíduo (e.g.: em Esparta, eram praticadas desde muito cedo tanto pelas raparigas como pelos rapazes). Foi na Grécia Antiga, onde as atividades atléticas tinham particular relevância na educação, que o Atletismo surgiu como uma modalidade desportiva, que era objeto de competição, proporcionando assim o aparecimento dos antigos Jogos Olímpicos. Consta que aconteceram pela primeira vez no ano de 776 a.C., em Atenas. A partir daí o Atletismo tem sido a expressão máxima destes jogos, e a sua expansão pelo mundo sucedeu de forma fácil e natural Quando, no século passado, se começou a proceder em Inglaterra ao agrupamento e à regulamentação de certas práticas atléticas ancestrais com o nome de Atletismo, estas formaram o núcleo base de um dos mais importantes fenómenos sociais do nosso tempo – os Jogos Olímpicos Modernos. O Atletismo tinha-se convertido num desporto, cuja antiga concepção de “esforço”, se transforma numa dura competição para superar uma marca, ou seja, os limites do ser humano são representados pelo “recorde” através de práticas tão antigas como o próprio Homem – o Atletismo como medido do Homem. Foi em Inglaterra (1866), com a fundação do “Clube Atlético Amador” que se começaram a “desenhar” os contornos daquilo que viria a constituir a Federação Internacional de Atletismo Amador (F.I.A.A.).
Desde então o desenvolvimento e aperfeiçoamento em termos de regulamentação foram notórios. As alterações às regras que se verificaram um pouco por todo o lado durante o séc. XIX nas Universidades onde se organizavam as competições de atletismo puderam desta forma ser alvo de um processo e uniformização por parte dos organismos internacionais e olímpicos para, em 1926, assumirem a sua forma atual.
Nos nossos dias, o atletismo engloba um conjunto de várias disciplinas desde as corridas, aos lançamentos, passando pelos saltos e por provas combinadas. No Brasil, há registros de competições oficiais na década de 1910. A sua prática estava sob a responsabilidade da antiga Confederação Brasileira de Desportos - CBD, que à época dirigia a quase totalidade das modalidades esportivas no país. Isto continuou até 1977, quando foi constituída a CBAt. Em 1914, a CBD filiou-se à IAAF e a primeira participação de atletas brasileiros em torneio internacional aconteceu em 1919 quando uma equipe nacional participou do 1º Campeonato Sul-Americano de Atletismo, em Montevideo (Uruguai).
A primeira competição de caráter nacional no país foi o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, instituído em 1929. A última edição deste campeonato foi disputada em 1985. O Troféu Brasil de Atletismo (Campeonato Brasileiro de Clubes), criado em 1945, é a principal competição do calendário da Brasileiro. Ao longo de sua história, o atletismo Brasileiro tem conseguido expressivos resultados em competições internacionais. É o esporte com maior número de medalhas conquistadas em Olimpíadas e Jogos Pan-Americanos.Além disso, as seleções nacionais mantêm há 25 anos sua hegemonia na América do Sul.
O modelo de Educação Física contido nos PCNs (Brasil, 1998a) propõe como princípio básico a necessidade das aulas serem dirigidas a todos os alunos. Nas palavras dos PCNs:
" A sistematização dos objetivos, conteúdos, processos de ensino e aprendizagem e avaliação tem como meta a inclusão do aluno na cultura corporal de movimentos, por meio da participação e reflexão concretas e efetivas. Busca-se reverter o quadro histórico de seleção entre indivíduos aptos e inaptos para as práticas corporais, resultante da valorização exacerbada do desempenho e da eficiência" (p.19).
Portanto, é extremamente importante que, ao se elencar os conteúdos para o currículo da escola cuja função e responsabilidade são transmitir conhecimentos sem deixar de lado toda a complexidade social, histórica e política, deve-se incluir o atletismo, pelas particularidades e na atividade/ação que este esporte possui.
Por esta razão,
“A escola deve selecionar os conteúdos clássicos universais e também trabalhar com o repertório cultural local partindo de experiências vividas particulares necessários à formação do cidadão autônomo, crítico e criativo, para que este possa participar, intervir e comprometer-se com a construção de uma sociedade mais justa, plural e democrática”. (JEBER, 2005, p. 07)
Os conteúdos clássicos são entendidos como aqueles que não perdem sua atualidade para participação, compreensão e interpretação do mundo universal e particular onde os indivíduos estão situados (classe social, etnia, sexualidade...). O atletismo, sendo um desses conteúdos, deve estar presente nas propostas curriculares das escolas e, para entendermos o porquê disso, precisamos saber que devido as suas características próprias, esse se constitui um conhecimento produzido durante toda a existência humana.
Resumidamente temos
“O Atletismo é estritamente ligado aos movimentos naturais do ser humano de correr, marchar, lançar, arremessar e saltar, e, por isso, é chamado de esporte base”. (GONÇALVES, 2007, p. 01)
Segundo Clark (1994) as habilidades motoras fundamentais aparecem em uma ampla variedade de esportes, de jogos e de outras atividades motoras nas quais nos engajamos. Por essa razão, concordamos com Seefeldt (1980) ao afirmar que a criança deve desenvolver adequadamente as habilidades motoras fundamentais; pois, se isto não acontecer, ela terá dificuldades de combinar e de modificar estes movimentos em formas de habilidades mais especializadas, com a ocorrência de uma série de erros de execução que poderão ser nitidamente visualizados.
Como foi discutido, anteriormente, é durante a fase das habilidades motoras fundamentais que o professor de Educação Física Escolar poderia ter maior contato e maior chance de trabalhar com as crianças ,considerando sua importância para o desenvolvimento das mesmas. Corroborando esta afirmação, Manoel (1994) advoga que a atuação do professor de educação física no ensino fundamental é de grande relevância ,desde que este dê oportunidades para a exploração das habilidades motoras fundamentais, estruturando o ambiente adequadamente e adaptando a estrutura das tarefas ao nível de desenvolvimento dos alunos.
De acordo com (Manual de Educação Física) as habilidades motoras se consistem em correr, saltar, lançar e tem objetivo geral de compreender e melhorar os sistemas básicos do movimento corporal para o desenvolvimento da coordenação motora, do equilíbrio, da agilidade, do ritmo e da tomada de consciência do cuidado com seu próprio corpo na qual tem. Sabendo que o Polo ABCs não desenvolvem o esporte com ferramenta de proporcionar atletas, visa o esporte educacional, formando o cidadão, com suas mais varias dificuldades o atletismo esporte base para os demais esporte, vem quebrar todos os paradigmas, que visamos com um esporte de alto nível, mas sabemos que são requisitos básicos exigido para à pratica do mesmo sendo capaz de transformar vidas, que estão presas a mais terrível realidade e forma lúdica de brincar se exercitando
3. METODOLOGIA
Descrição do projeto:
A descrição do presente projeto foi de abordagem quantitativa com ênfase em estudo de caso.
População e Amostra
Crianças de 07 e adolescentes até 17 anos matriculados no Polo de Convivência Jereissati.
Critérios de Abordagem
Os alunos praticavam a atividade durante os eventos e aulas e os pesquisadores anotavam o que se procedia e logo após eram feito alguma perguntas para os mesmos.
Local
A pesquisa e o estudo aconteceram no Polo ABC Jereissati, situa na Av. X n°256,bairro Jereissati II Maracanaú.
Período
A pesquisa se desenvolveu no período de Fevereiro de 2011 nos turnos diurnos nos dias de terça à quinta-feira.
Procedimentos
A abordagem feita pelos alunos de Educação Física envolvidos no presente projeto, primeiramente fizemos um primeiro contato com professor responsável pelas atividades de atletismo nos dias referidos, o professor não querendo se identificar deu total apoio e liberdade apresentando aos alunos o estudo, eles ficaram bastante entusiasmados concordando com a nossa presença frequentemente. No mês de fevereiro foi acompanhado somente as aulas normais que no caso seria, na terça-feira e quintas a turma que estuda pela manhã iria
à tarde e assim vice versa, são alunos muito imperativos sendo abordado crianças e adolescentes na faixa etária de 07 a 17 anos, divididos de forma homogênea e não se dividam por sexo ou seja turmas mistas.
Todos as observações, procedimentos, indagações foram todos descritos em um caderno que consiste em todas as mudanças, acontecidas desde o primeiro dia até o final em que os alunos tomaram uma nova postura o âmbito social e a atividade física, tiveram um grande fator de ajudar para essas crianças e adolescentes que muitos nunca participaram de algum tipo de pesquisa muitas vezes alguns questionamentos eram sugeridos antes e após as aulas, muitas vezes eles metiam com vergonha e receio, na leva a crer que os mesmo queriam responder mas como a presença, as anotações viam a interromper muitas vezes as aulas, muitas vezes as aulas não aconteciam devido estarmos num período de chuvas, o espaço determinado a pratica do atletismo é um campo irregular, com bastante buracos , alvos de muitas lesões, que colocados os principais problemas aos alunos eles sem dúvidas responderam que o espaço e uma má alimentação antes das atividades é um dos principais fatores de desistência, e de baixo índice de desenvolvimento de habilidades, o quantitativo em média nas aulas de atletismo era de 08 a 15 alunos por turno o que levou a crer que nos dois turnos prevaleceram as mesma resposta referidas.
4. CONCLUSÃO
Importante ressaltar, sobretudo, que os professores ainda acredita na importância da prática do atletismo junto às outras atividades já presentes nas aulas. Isso implica, porém, que as ações dos alunos não devem ficar condicionadas às pré-condições físico-esportivas como um subsistema do esporte institucionalizado. Assim, é fundamental para o professor ter o conhecimento de como problematizar ações que possibilitem o ensino e a aprendizagem do atletismo escolar. O que foi fácil constatar que os alunos são desfavorecidos de recursos, tanto em casa com uma boa alimentação e o acompanhamento dos pais, que muitas passam o dia fora não passam nenhum tempo com seus filhos, dando toda e total responsabilidade de educação para escola e tais projeto como é o caso dos Polos ABCs, num universo que se fala tanto em melhoria de educação, incentivo ao esporte, inclusão da cidadania através do esporte nos leva crer que ainda temos que passar por tais situações o rendimento de crianças e adolescentes acaso, com a mercê de nos governantes municipais que conhecem a realidade, e não se importam, com uma das nossa situações critica que é nossas crianças e adolescentes.
O dificultou muito a realização do mesmo foi sem dúvida o medo das crianças e adolescentes no que se referia, sobre a alimentação e quem cuidava dos mesmos, o que eles comiam antes estas perguntas freqüentes não teriam respostas nos primeiros dias, mas logo eles foram esclarecendo.
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ATIVIDADES / DIAS |
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Introdução(Problema, Justificativa, Objetivos) / Referencial Teórico |
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Metodologia / Conclusão / Cronograma / Bibliografia |
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Aula de campo |
X Contato |